Irislene e a bala perdida.

Imagem: flusocio

“Bala perdida sempre acha um alvo”… É piada velha. Sobreviver a elas é sorte grande. Mas conviver é para poucos. A jovem Irislene Barbosa, 20 anos, andava na rua dia 22 de abril, quando sentiu algo como uma pancada na cabeça. Veio a dor, o desmaio. Irislene acordou horas e dois pontos de sutura depois, no Hospital Regional da Asa Norte, o HRAN, um dos mais tradicionais de Brasília.

Junto com a volta da rotina, vieram fortes dores de cabeça. Médicos e remédios a fio, Irislene recebe o diagnóstico de um cisto, com retirada programada para o final do mês – estamos, agora, em julho. Massss surpresa! Para os médicos, leigos, mundo em geral: O cisto aponta na forma de uma bala! Projétil, senhores, calibre whatever, mas a dor de cabeça, o cisto, a cirurgia… tudo diagnóstico tão perdido quanto os médicos do Hran. Mas não é só isso: Mais perdido que a bala e que todos os médicos juntos, um determinado doutor que perdeu a chance de ficar calado e (Hran, Hran) disparou: “nem todos os ferimentos em crânio necessitam de radiografia”.

Se o episódio vira advertencia verbal, processo administrativo, não sei, mas perplexidades à parte, percebo que os limites são quebrados a cada dia. É tanta barbaridade para se ver, ouvir, sentir que se fosse para desenvolver um sexto sentido, ele já teria saído correndo. Perdido…

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